segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Em 2016: corri pouco, mas cortei mato.

O ano começou corrido e não-corrido ao mesmo tempo. 2016 impôs novos desafios profissionais, o que me tomou o tempo da corrida. Explico e me justifico: por mais que eu goste da idéia de ser a Mulher-Maravilha, eu já aprendi que não dá pra abraçar o mundo só com meus dois braços e 1,55m de grandiosidade.

Assisti à São Silvestre no fim do ano com aquela promessa básica de "ano que vem eu vou!"  Porque a São Silvestre é muuuuuuito legal mesmo.  

No dia 31 sai pra me despedir de 2015 com uma corridinha leve e já no dia 3 fiz minha primeira "prova". Mais ou menos.  Era a corrida Corta-mato realizada todo primeiro domingo do mês na Esalq, a unidade de agricultura da USP em Piracicaba, um lugar lindo, centenário, e onde há algum tempo eu queria correr.

A corta-mato é realizada informalmente por um grupo de veteranos e corredores de toda a região participam. Foi divertido e enlameado. Os tênis e as pernas voltaram imundos. Conheci o seu Osmir quando nos vimos na ponta da corrida (sim, por alguns momentos eu comandei o lado final do grupo no percurso de 7km. Também tem um de 5km).  Seu Osmir, de 70 anos, corre, ganha medalhas, tem um blog (correreblogar.blogspot.com.br), o dobro da minha idade e o mesmo pace que o meu.  Ele ainda conta com uma assessora (cuja idade parecia semelhante à dele) que faz as fotos das corridas e posta no blog dele. Uma inspiração, o seu Osmir.  As fotos desse post são do blog dele.


Depois disso, por conta das novidades, não consegui treinar por alguns dias. Não tenho inteligência emocional para assumir um job novo, mudar as filhas de escola, a logística da casa AND acordar muito mais cedo do que o costume para treinar. Tive que abrir mão de alguma coisa.  

Me redimi no último sábado com uma corrida-delícia na USP. Uma idéia que eu vinha adiando porque achava que não seria legal, que ia ter muita gente, que ia ter muita bike, etc. Mas que percebi que é muito prática pra mim. Voltarei absolutamente!

E assim começamos 2016. Planos de correr a Corrida das Princesas da Disney, aqui em São Paulo e a São Silvestre. De resto, deixarei a corrida me levar, o nikeplus me guiar e os spotify me entreter.


quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Mães e bebês que correm - e quebram recordes

Não é fácil ser mãe que corre. Quem corre especialmente longas distâncias sabe que o foco na corrida é definitivo pra atingir uma meta. Ninguém acorda de um dia pra outro e diz, "acho que hoje vou correr 30 km" - sem que tenha dedicado tempo e reflexão sobre o tema. Mas quando a gente vira pai e mãe o foco muda. Você não é mais o centro das suas atenções e corre quando dá, quando a agenda dos filhos permite.

Mas a corredora sempre dá um jeito. 

Jessica Bruce não só treinou, como correu uma maratona apenas 7 meses depois do nascimento do filho Daniel. Detalhe: o bebê foi com ela empurrado no carrinho. Detalhe 2: a britânica pode ter quebrado o recorde mundial por ser a mais rápida a correr uma maratona empurrando um carrinho com bebê


Ela e o marido já eram corredores de alta performance antes do filho, claro, e por isso ela conseguiu esse condicionamento tão rápido. Voltou a treinar 4 meses após o parto.

A história saiu na Runners World gringa  . O marido correu ao lado de Jessica e do carrinho para dar aquele apoio e ajudar a abastecer o Daniel com sua mamadeira.  O Daniel, aliás, dormiu praticamente a corrida inteira, só acordou lá pelo km 32 pra mamar. 

Entendam que: correr uma maratona em menos de 4 horas já é fod@. Imagina fazer o tempo de 3 horas e 17 minutos empurrando um carrinho! A confirmação do recorde de Jessica deve sair em meados de novembro.

Eu nunca corri empurrando carrinho. Não sei se as crianças ficam realmente confortáveis ali. Mas vi muitas mulheres recorrendo aos carrinhos de bebê especiais para corrida (jogging strollers) nas viagens que fiz ao exterior. As mães corredoras realmente usam e correm com seus bebês aparentemente despreocupadas e despreocupados. Curtem o balancinho juntos. Acho que, obviamente, o esforço é ampliado para a corredora, mas se a corrida tá no sangue, a mãe se adapta.

Em tempo, um carrinho de bebê especial para correr custa cerca de R$ 1,5 mil, um modelo simples. Na hora de comprar precisa fazer um teste para a altura da mãe, e claro, garantir o mais importante: A SEGURANÇA DO BEBÊ! Checar cintos de segurança, freios e o conforto da criança. 

#NoExcuses

terça-feira, 3 de novembro de 2015

W21KAsics - a corrida que não foi

E eu escrevo aquele post toda animada para me empolgar para a corrida W21km feminina da Asics e simplesmente não deu.

Foi uma decisão difícil mas não teve jeito.  O joelho não agüentou. E eu sei exatamente o por quê. Já tenho quilômetros suficientes pra saber o que precisa ser feito para atingir um objetivo de 21 km. 

Para os 21km é preciso mais do que vontade. Precisa disciplina, disposição e aceitação. 

Precisa fortalecer os músculos para não ferrar o joelho, gata!

Não corri naquele domingo e nem fui atrás de saber nada sobre a prova pra não passar vontade. Não teve selfie, foto da chegada e nem medalha em forma de flor. 

Em vez de tudo isso, fui imediatamente procurar um ortopedista. O diagnóstico foi condropatia patelar, um desgaste. Recomendação de fisioterapia e repouso. O médico muito otimista disse que eu precisaria voltar em três semanas para ser reavaliada e - OXALÁ - liberada. 

Aguardemos e oremos.

Até porque eu falei pra ele que quero correr uma meia em dezembro!



Será que rola?


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

W21K: 10...

Faltam 10 dias para correr minha segunda meia-maratona da vida. 21 km me aguardam na USP junto com a mulherada na W21K da Asics, corrida que foi elogiadíssima no ano passado e na qual eu me inscrevi para tentar retomar o ritmo depois da moleza que veio após completar a minha primeira meia-maratona na Disney em fevereiro desse ano.

Só que quem achou que eu estou treinadíssima, preparadíssima, fortíssima igual da outra vez... Achou errado.

A gente acredita que aprende algumas lições quando adulta mas olha aí. Não estou treinada como deveria, nem na parte aeróbica, nem na muscular. Não cheguei a fazer nenhum longão decente e agora só tenho 10 dias pra isso.

Tive 2 últimos meses bastante atípicos. Não é desculpa. É apenas a vida.

Mas estou bem mais positiva do que parece. Já corri a minha São Silvestre e já corri 21 km. Não chegarei iniciante. Sei o que posso encontrar pela frente. Claro que sempre haverá aprendizado a cada quilômetro. Não diria que estou segura, mas diria que estou em paz com minhas escolhas até aqui.

E eu sei que vou completar. Apenas isso.

Hoje faltam 10.



quarta-feira, 22 de julho de 2015

Aceitação

Há algum tempo venho tentando acreditar que o mundo está caminhando pra um lugar melhor, de maior compreensão, de mais tolerância, de mais inclusão. Inclusive o mundo da corrida. E tal não foi minha incrível satisfação ao me deparar com essa imagem na capa de uma revista de corrida feminina:


A corredora da foto e a revista fizeram muito por muitas mulheres. Chega de estereotipar. Chega de padrões. Tudo é pra todos. A corrida é pra todos. A novaiorquina Erica Shenck corre há 10 anos e não tem o típico corpo de corredora. E daí?!?! A própria editora da Women's Running disse que uma vez elogiaram o corpo dela "ela tem corpo de corredora" - só que na realidade, além de corredora, ela era anoréxica.

Acho que a gente precisa ser inundado de imagens diferentes, de tipos diferentes, de gostos diferentes em todas as áreas da nossa vida, simplesmente para quebrar algumas regras que foram embutidas na nossa mente de como as coisas devem ser, de como as pessoas devem ser. Apenas deixe as pessoas serem. E respeite.

Um beijo para a Caitlyn Jenner.


"Para as pessoas que se perguntam o que é isso: isso é sobre o que acontece a partir daqui. Não é só sobre uma pessoa. É sobre milhares de pessoas. É sobre nós aceitarmos uns aos outros." - Vale pra muita coisa, Caitlyn.


segunda-feira, 20 de julho de 2015

Corrida Athenas - voa, gata!

Domingo foi dia de voltar às pistas na mesma prova que corri há algum tempo a Athenas, que antes se chamava Circuito e agora virou apenas Corrida. Algumas circunstâncias se repetiriam em 2015. Como em 2010, corri a segunda fase da prova, a mesma distância - 8 km - e de novo, foi um presente da firrrrma.

A corrida Athenas tem 3 fases e a idéia é que você escolha aumentar a distância para evoluir. Nessa segunda fase as distâncias disponíveis eram 5, 8 e 16 km. São boas opções para todos os gostos. 

Difícil foi chegar até a prova. Achei que sai de casa com um bom tempo de sobra, mas o local da prova é um pouco confuso. A largada é na Marginal Pinheiros, próximo à Ponte Transamérica, aqui em SP. Mas a arena com as tendas e expositores é numa rua atrás. O estacionamento que encontrei ficava a cerca de 1 km de distância e como cheguei atrasada por causa do trânsito tive que correr um quilômetro a mais do que pretendia hehehehe.

Quando cheguei na Marginal, a largada já tinha sido dada. Mas tinha tanta gente que ninguém ligou muito e só consegui passar pela linha com mais de 10 minutos das 7 horas. 

Comecei meio sem vontade. Aí rolou aquele pensamento de "ih, essa prova não vai fluir legal". Mas mesmo com o excesso de correrdores e o lindo sol de inverno batendo direto no olho a coisa rolou bem melhor do que eu esperava.  Como sempre, calculei de ir leve no 1º km pra aumentar o pavê em seguida.  A idéia era deixar a endorfina bater no km 4 (metade da prova) e então tacar o pau.  Deu super certo. Endorfina, essa querida, veio exatamente na hora combinada. Apertei dos 4 aos 6 e depois tentei voar dos 7 aos 8. Sprint final veio ao som de You Could Be Mine. Bem a calhar. 

Meus tempos têm melhorado porque, como venho tendo pouco tempo para treinar durante a semana, acabo fazendo treinos mais curtos e com mais velocidade. Estou me sentido a Usain Bolt. Dei um pau no gato nos metros finais e abri os braços na linha de chegada. Satisfeita e vermelha pimentão. To pegando gosto por essa coisa de correr até ficar sem fôlego... Dá até um medinho disso.

Esse foi o último dia em que os carros podiam correr a 90km/h na Marginal Pinheiros (a máxima permitida passou a ser 70 km/h). Decidi correr bem para me despedir em grande estilo. Aqui não vai ter redução de velocidade não!


Eu que tava acostumada e confortável nos 7'00" por km, agora quero mais... Ou melhor, quero menos.

sábado, 6 de junho de 2015

O futuro é agora

Ontem pela primeira vez em cerca de 1 ano e meio nós fomos ao cinema. 

Não importava muito o filme. O importante era a experiência de irmos juntos - eu e ele - e SOZINHOS. 

Ele escolheu o filme (quase que aleatoriamente, eu supus) e fomos ver Tomorrowland. 

Típico Disney, bem produzido, mensagem positiva, incentivando os sonhadores, uma sessão aventura bem feita. 

E eis que hoje, depois de correr, comecei a juntar algumas idéias na cabeça. 

Em certo ponto de Tomorrowland, um dos personagens explica que o seu futuro é construído agora. 

Ou seja, não adianta deixar pra pensar no seu futuro no futuro. Porque aí já não vai adiantar mais. 

Achei esse um incrível motivador pra quem diz querer uma vida saudável. Não dá pra começar amanhã. Não dá pra deixar pra segunda-feira. O seu futuro é o que você está fazendo agora. 

Eu corro pra ter uma vida mais saudável e longa. Pra ver minhas filhas crescerem, pra ter disposição pra brincar com elas e com meus netos (quero ser avó). 


Semana passada, nos EUA, uma velhinha de - pasmem - 92 anos! tornou-se a mulher maratonista mais velha do mundo. 92 correndo 42 km!!! Atualmente estou lendo o livro Correr do Drauzio Varella, outro que começou a correr aos 50 e aos 72 ainda corre maratonas!

Não sei se vou querer correr tanto por tanto tempo, mas se a corrida for um meio de esticar minha presença por aqui e de forma mais saudável e aproveitável. Que seja. 

Como você está preparando o seu futuro agora? O meu começou nesse sábado com 6km e um intensivo de felicidade cuidando de duas mini-me. 
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