sexta-feira, 28 de março de 2014

Ninguém merece

Fiquei um pouco muito passada essa semana com o resultado de uma pesquisa do IPEA aqui no Brasil que indicou que a maioria dos que a responderam acreditam que o comportamento da mulher influencia nos casos de estupro.

Sério, que mundo é esse onde tem gente que acredita que uma mulher pode ser atacada, agredida e violentada porque se veste assim ou assado, porque se comporta assim ou assado? Um ato sexual de qualquer tipo só pode ser realizado com CONSENTIMENTO. Qualquer outra coisa que alguém considere indicativo de consentimento ou de incitação não valem. Nós mulheres não merecemos. Ninguém, homem ou mulher, MERECE ser agredido sexualmente por nada. NADA.

A mulher pode usar a roupa que quiser, pode falar o que quiser, pode até sacudir os seios nua na frente de um homem que ele não tem o direito de violentá-la. Qualquer avanço sexual só pode ocorrer depois de uma única palavra: SIM e quando for dita de livre e espontânea vontade. Acreditem: não, não sei, talvez, pode ser, estou pensando, vou decidir... nenhuma dessas serve para permitir o avanço sexual. Quanto menos um tipo de roupa.

Essa gente, homens E mulheres, que acreditam que as vítimas de estupro "merecem" um ataque por algum motivo precisam ir para outro planeta. Urgente.

Sério, eu estou botando gente nesse mundo, e esse não é um mundo que eu quero para as minhas filhas. Isso tem que mudar.

Eu quero voltar a correr, e correr de top e sainha sem ser visual, verbal ou fisicamente agredida por ninguém por causa da roupa que estou vestindo. Eu quero que minhas filhas usem a roupa que elas se sentirem mais à vontade, que corram só de top e saia também, que vivam livremente sem serem obrigadas a sentir medo ou a serem coagidas por qualquer palavra ou atitude de gente que acha que elas "merecem" qualquer agressão sexual.

Vejam outros resultados revoltantes dessa pesquisa (os grifos em vermelho são meus):

Mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas
22,4% - concorda parcialmente
42,7% - concorda totalmente 
Se as mulheres soubessem como se comportar, haveria menos estupros
23,2% - concorda parcialmente
35,3% - concorda totalmente 

A mulher casada deve satisfazer o marido na cama, mesmo quando não tem vontade
13,2% - concorda parcialmente
14% - concorda totalmente

Tem mulher que é pra casar, tem mulher que é pra cama
20,3% - concorda parcialmente
34,3% - concorda totalmente
E sabe o que eu tenho certeza? De que quem respondeu isso não é necessariamente ignorante ou pouco educado. Tem muitos por aí, com dinheiro e educação no currículo que pensam e disseminam ideias como essa, mesmo achando que não estão fazendo isso. Seja explicitamente ou na base de piadinhas infames dia após dia. 

Esse vídeo divulgado há algum tempo foi feito na Índia, onde os casos de estupro beiram a insanidade. É até angustiante encarar o sorriso das meninas enquanto a gente fica tão revoltada com o assunto.


quinta-feira, 27 de março de 2014

Comidas Sem

Eu não sou a melhor pessoa pra dar dicas de alimentação. Tenho algumas noções de nutrição do tipo: comer mais saladas, frutas e legumes, bastante proteínas, algum carboidrato e quase nenhum doce ou fritura. Só que não sigo à risca algumas leis básicas de reeducação alimentar e escapo às vezes, ou melhor, quase sempre. A dieta nunca foi meu forte porque eu ADORO COMER, especialmente comidas que eu considero saborosas.

Mas é claro que qualidade de vida e saúde dependem do que você come (chovi no molhado - dãããã).

O que vem me intrigando nos últimos tempos é que essa obsessão pelo que se come toma conta das conversas, principalmente de gente que curte malhação e corrida. E o que é mais bizarro que muito se fala de alimentação, mas pouco se fala de alimentos de verdade.

Já percebeu? A moda agora é a comida sem. Sem glúten, sem lactose, sem gordura, sem açúcar, sem sal, sem cafeína, sem trigo, sem ovo, sem soja, sem sabor, sem qualidade nutricional, sei lá...

Outro dia me vi tomando um café da manhã com leite desnatado (sem gordura), café descafeinado (sem cafeína), adoçante de stévia (sem aspartame ou ciclamato), pão integral (sem alguma coisa que um pão normal tem) e requeijão light.

Me pergunto o que sobrou de tudo isso?

Claro que é bom e às vezes necessário limitar a  ingestão de substâncias que não fazem tão bem. Especialmente para pessoas que realmente são alérgicas ou intolerantes a certos alimentos. Mas VIVER à base de Comidas Sem parece uma coisa tão SEM GRAÇA que causa espanto em mim e na minha avozinha de 90 anos que, mesmo com problemas cardíacos e hipertensão, come de tudo. Só limita o sal e não come peixe porque não gosta (só gosta de bacalhau).

E isso porque eu nem entrei no papo da alimentação feita à base de não-alimentos: tipo pós coloridos e suplementos.

Só sei que eu preciso melhorar um pouco a minha relação com a alimentação, comer menos por impulso e mais racionalmente para nutrir o meu corpo e a minha bebê. Não condeno quem toma suplementos até porque existe um uso indicado para eles e usando com responsabilidade, por que não? Só acho que para tudo na vida é preciso EQUILÍBRIO. Será que às vezes uma fruta não é melhor que uma barra de suplementos e substâncias químicas? Será que um belo prato de salada com carne magra não te faz melhor do que um copo com água e uma colher de pó colorido?


Posso estar errada em muitas opiniões porque não sou nutricionista. E essas são apenas OPINIÕES que um dia eu posso até mudar. Mas por enquanto, o que eu vou tentar procurar é um tipo de alimentação com COMidas de verdade COM nutrientes, COM saúde e COM ingredientes que minha avozinha saiba pronunciar.



segunda-feira, 24 de março de 2014

Caminhar para correr - Run-walk-run

Acho que todo mundo que inicia no mundo da corrida sonha com a hora em que vai conseguir parar de caminhar e completar um percurso ou um período inteiro só correndo, sem andar.


É o senso comum, certo? Eu também pensava assim. Mas descobri recentemente que existe outro método de treinos para corredores - inclusive para maratonistas - que usa a caminhada como tática para dar mais pique e fazer os corredores correrem mais e/ou mais rápido.

É o método run-walk-run, do ex-atleta americano Jeff Galloway. Ele é um treino intervalado, mas esse é o foco. Segundo o Jeff, o intervalo da caminhada restaura as energias e dá mais pique fazendo o corredor aguentar mais o ritmo.

E as duas vantagens que fizeram meu coração bater mais forte: são só 3 treinos por semana com treinos curtos de menos de uma hora, o que ajuda a evitar lesões. O terceiro treino semanal é o longão, com base na distância. E só com isso, ele garante, que dá até pra correr maratona, ou diminuir tempo em maratona.

Parece mágica?

Acho que ele mesmo concorda. Tanto que crivou o termo Magic Mile, para você calcular a sua milha mágica e prever o seu tempo numa prova.

Jeff explicando seu método (em inglês). Ele sugere que não seja feito alongamento antes da corrida, para evitar lesões. O aquecimento é baseado em alguns minutos de caminhada. Depois vem os intervalinhos de corrida e caminhada por mais um período e então a corrida mesmo.

Dos poucos relatos que achei de corredores blogueiros, todos foram positivos. Um deles apenas citou que é um pouco chato ser ultrapassado toda vez que você faz a pausa da caminhada na prova, e também ficar recebendo incentivos de corredores durante a prova para voltar a correr. Outra coisa que confunde um pouco é a conversão para milhas, mas não chega a ser tão difícil assim.

Acho que definitivamente vou tentar usar esse método quando voltar pra pixxxta após baby Stella. Já são vários projetos de corrida para o fim do ano e o começo de 2015. Enquanto não posso correr, vou pesquisando tudo sobre o assunto. Esse foi meu primeiro contato com a ideia do run-walk-run... quando tiver mais infos eu atualizo aqui.

sexta-feira, 21 de março de 2014

I run for life

Tem quem não entenda os motivos que levam os corredores a se sacrificarem tanto por esse esporte. A gente tem que espremer horários, acordar quando ainda está escuro para treinar, cuidar da alimentação, rejeitar compromissos e eventos sociais para não cansar o corpo. Organizar horário para cuidar da família e para ficar com quem a gente ama e treinar. A gente gasta horas lendo sobre o assunto para tentar definir qual tipo de treino vai ser melhor, em qual tênis investir. Gasta com fisioterapia para prevenir e ou tratar lesões. A gente perde sal pela pele quando corre. Tem maratonista que termina a prova mais baixo de tanto impacto que o corpo sofre com as passadas. A gente passa frio correndo na neve ou na chuva. A gente passa calor. A gente fica sem fôlego. A gente sua. A gente sofre, sim. 

Então por que a gente corre?

Eu corro para celebrar o fato de que eu tenho um instrumento em perfeito estado que é o meu corpo, que responde aos meus comandos, que tem força, que tem energia. Para homenagear o fato de que eu sou livre pra fazer isso e também para não fazer, se eu não quiser. Para comemorar por ter todas as condições necessárias básicas pra ser feliz todos os dias, mesmo com todos os imprevistos que a vida traz. 

Eu corro porque eu quero, porque eu gosto, porque eu posso. 

Porque tem gente que a gente ama que não pode. 

Eu corro porque eu sou mãe. Porque eu PRECISO ser o exemplo. Ou UM exemplo.

Porque eu tenho SAÚDE. E quero ter pela maior parte do resto da minha vida. 

Eu corro para agradecer à vida. 

...

Outro dia descobri essa música da Melissa Etheridge. Ela teve uma doença cruel. Sofreu e venceu. Quando eu ouvi pela primeira vez mal consegui segurar as lágrimas. Quando eu voltar a correr após o nascimento da Stella, essa canção vai estar na minha playlist ETERNA. Pega o lencinho:



Em inglês, o verbo run não significa necessariamente correr, mas também, disputar, ir, concorrer, depende do contexto. Mas esse é o significado que eu dei pra ele aqui: CORRER.

Quer mais razões pra entender essa "gente que corre"? Então tó (vídeo lindo da New York Road Runners, que organiza as corridas em NY):







terça-feira, 18 de março de 2014

Que corre, gata, o quê!? Agora é hora de desacelerar

O 3º trimestre chegou chegando na segunda gravidez. Antes de qualquer coisa, o importante é que Stella está ótima. Medida, peso, fisiologia... tudo certo como deve ser. Só a mamãe aqui é que tem que se cuidar.

Stella é bastante ativa. Também pudera. O volume de líquido amniótico para ela poder nadar está um pouco acima do normal e isso explica o excesso de chutes e socos que sinto internamente. Qualquer dia ela vai me derrubar da cama e do sofá - tamanha a força.  O problema é que esse é um sintoma de diabetes gestacional – o fantasma que volta a assombrar.

Peguei o resultado desse exame e achei que estava tudo bem, mas veja a ironia do destino. O índice atual que indica a diabetes gestacional é 153 ou mais (não sei o nome dele). O meu deu 152. Acontece que a associação de médicos mudou esse valor no último ano. Então se eu fizesse esse mesmo exame dois anos atrás eu seria considerada diabética gestacional (porque o índice limite era 144).  Então eu bati na trave de novo... ou seja, preciso simplesmente cortar totalmente o açúcar e diminuir os carboidratos para tentar parar de engordar.


Fora o excesso de peso, o cansaço é algo inacreditável. Não sei se é o peso da barriga, ou o fato de que agora eu tenho uma bebê em casa para cuidar. Mas a exaustão é impressionante. É do tipo, caminhar do quarto até a cozinha e chegar lá sem ar. Para quem corria 10 km, isso é muito bizarro. 

Comecei a refletir sobre o meu estado e decidi reduzir o ritmo. No geral, fazer tudo mais devagar, sair do carro, pegar a Olivia, apanhar coisas do chão... tudo DE-VA-GAR. Exercícios também serão reduzidos. Pensei em estabelecer no máximo mais 4 semanas. Me permito parar em duas semanas (a partir de abril). Mas se conseguir continuar, passo a fazer duas vezes por semana, e não três. E testar caminhar na piscina pra ver se me adapto.

Essa semana deixei a esteira. Passei a caminhar pelo condomínio um tempão e depois vou para a musculação. É mais fácil par reduzir o ritmo caso os batimentos subam e me sinto menos humilhada porque não fico comparando minha velocidade-gestante com as outras pessoas que usam a esteira para correr a 10 km/h. 


O foco agora é outro. Não quero abandonar o mundo da corrida (no qual quero viver mesmo sem correr) nem a atividade física porque tudo isso me deixa feliz. Mas digamos que o tempo gasto com isso e a intensidade com a qual eu vivo isso vão diminuir. O foco é a saúde, minha e das minhas filhas. 

terça-feira, 11 de março de 2014

Para as corredoras, com amor

Tem gente que não gosta de "comemorar" o Dia da Mulher. Não por machismo, mas por acreditar que ele na verdade só ameniza um problema que é a falta de respeito com a qual a maioria das mulheres tem que lidar nos outros dias do ano.

Não condeno a data, mas também não chego a fazer uma festa. O motivo é que eu sou a favor da campanha respeito sempre, respeito que não se conquista apenas com uma rosa e uns bombons em dias especiais.

No Brasil Post, uma articulista pedia respeito para poder sair de short na rua sem ser assediada ou sem pensarem que ela está se oferecendo por exibir as pernas. Outra coisa que ela pedia, era para não sentir vergonha de correr sem camiseta, e só de top, enquanto os homens no parque correm à vontade com o peito nu e ninguém os incomoda, ou olha, ou julga, ou sei lá mais o que de agressivo eles possam sofrer.  

No mundo das corredoras, tem muitas mulheres que me inspiram muito.

Corre Paula, por exemplo,  é mãe solteira de uma menina linda. Da conta da filha, trabalha, rala, e ainda corre ultras. Sua paixão pela corrida é uma coisa que dói na pele e ela vive a vida com muita leveza, sem cagar regras ou indicar receitas com whey protein ninguém. Pura garra.

Ela correu o El Cruce com a Gabi Manssur, uma promotora de justiça, mãe de dois meninos, linda, fashion, e que ainda trabalha procurando justiça para as mulheres que sofrem violência.

A Debs, tem uma multidão de seguidoras no Instagram. Dentista, mãe da Duda, casada e feliz, mostrou nas suas redes sociais a determinação e o bom humor necessários para cuidar da vida e correr pela primeira vez uma maratona em Berlim, em 2013. E desde o final do ano, virou fonte de inspiração ainda maior quando revelou a todas que precisava tratar um câncer e hoje está fazendo químio, correndo careca, superando as próprias dificuldades para se ajudar e ajudar muitas outras que enfrentam essa e outras batalhas.

A Giselli, criou o Divas que Correm há um ano.  O blog conta as histórias dela e de outras Divas da vida real com a corrida. No Dia da Mulher, ela promoveu um treinão em SP que reuniu dezenas e sempre levando em conta a diversidade e a realidade da mulher corredora brasileira. 

E tem muitas outras que me inspiram, motivam, divertem, me fazem torcer por elas como a Run Ju Run, a Camys Pensando Magro e tantas outras que a gente conhece aqui nesse mundão louco da internet. Sem falar nas musas da vida real: tipo a minha amiga Ana Julia que corre de São Silvestre à Pampulha e me deixa cheia de orgulho com frases do tipo: "eu não quero emagrecer mais, senão fico sem bunda - tá bom assim!" (E não deixa de curtir sua cervejeira eventualmente). Ou a Lilian que corre pela vida, nada, pedala e gosta de vários esportes mesmo tendo que lidar um uma condição chata que muitas vezes tenta abalar suas estruturas mas que não consegue. 

Solteiras, casadas, divorciadas, viúvas, jovens, mães, veteranas, magras, gordinhas, baixas, altas, que buscam saúde, disposição, um corpo mais bonito, um corpo mais forte, sonhadoras, lutadoras. Só posso dizer que nesse mundo, nós corredoras somos todas vencedoras, não importa se nossas medalhas dizem 5, 10, 21ou 42k. Todas muito diferentes e ao mesmo tempo com uma mesma paixão. 

Que venham mais corridas e corredoras para esse nosso mundo ficar melhor.

Feliz dia, ou melhor, Felizes 365 dias, Corredora.



sexta-feira, 7 de março de 2014

Parabéns! Você atingiu sua meta! #SQN

Acordei de péssimo humor hoje. Sexta-feira é o dia da pesagem e confirmei o que eu sabia que me deixaria pra baixo: atingi a meta de peso que eu esperava para essa gestação. Só que faltando 3 meses para dar à luz!

Da outra vez eu fiquei muito mal por causa do peso que ganhei e demorei a perder e dizia que meu melhor conselho para gestantes era esse: controle o ganho de peso. 

Só que eu mesma não consegui segui-lo.

Meu ganho de peso com a gravidez da Stella está exatamente no mesmo ritmo do da gravidez da Olivia: com uma vantagem de 3 kg a menos, já que quando engravidei dessa vez estava 3 kg mais magra. 

Mas veja bem: da outra vez eu não fui pra academia, não acordava cedo pra fazer ginástica, não gastava uma fortuna por mês em sacolão com frutas e legumes e nem comprava tudo integral. Na verdade eu mais me entupia de bisnaguinha e bolacha recheada. 

O que deu errado dessa vez?! 

Mesmo comendo muito eu achava que as caminhadas e esse monte de frutas com aveia e linhaça e sucos verdes iriam ajudar. Mas não deu certo. 

Na academia, tive que diminuir os kms hoje por falta de fôlego e até na musculação as cargas pareciam mais pesadas. 

A única coisa que melhorou um pouco a minha manhã foi uma mulher que começou hoje na academia e virou pra mim um tanto surpresa: 
- De quantos meses você está? 
- 6 e meio. 
- E consegue fazer tudo isso de exercício?
- Eu fazia uma hora de esteira mas agora o fôlego está diminuindo. 

E ela saiu com o olho arregalado. 











quarta-feira, 5 de março de 2014

Correr feliz é correr cedo (Happy, do Pharrell Williams)

Desde que assisti à apresentação do Pharrell Williams no Oscar eu fiquei obcecada pela música dele que concorreu ao prêmio pelo desenho Meu Malvado Favorito 2. Gente, o homem fez a Meryl Streep requebrar num dos programas mais vistos da TV e deixou a Amy Adams e a vencedora Lupita Nyong'o soltinhas, soltinhas.


Aí fui atrás do clipe pra ver e ouvir, e gostei muito da história desse vídeo. O Pharrell criou o primeiro videoclipe da história com 24 horas. São 24 horas da música Happy tocando sem parar, sem edição, durante o que seria um dia inteiro na cidade de Los Angeles. Cerca de 400 figurantes e alguns famosos participam. Cada vez que a música toca ela "conta" a história de um desses personagens. Dá pra ver o clipe inteiro no site ou em blocos de uma hora no YouTube, e claro tem o clipe oficial editado uma única vez (que já basta).

E o que isso tem a ver com corrida?

Bom, primeiro que essa pode ser uma ótima powersong porque é super pra cima. Animada e feliz. Adoro música feliz.

Segundo porque o que me chamou a atenção quando procurei o vídeo foi isso.


Acidentalmente, cliquei no bloco de uma hora que mostra o período entre 5 e 6 horas da manhã. E o que acontece a essa hora do dia?

Os corredores estão na rua... correndo.

Esse blocão mostra vários personagens correndo por Los Angeles inclusive os minions, do Meu Malvado Favorito.

Isso me fez pensar em como somos loucos nós corredores que adoramos acordar super cedo, às vezes ainda quando está escuro, para enfrentar frio, chuva, sol, neve, o que for, para correr.

Eu estou no meu recesso gestacional agora, mas antes disso estava indo correr eventualmente às sextas-feiras no Parque Villa Lobos em SP. Eu trabalhava até as 22h e ia dormir bem tarde, mas às sextas, eu acordava às 6 da manhã para dar uma carona para minha mãe e aproveitava para fazer meu longão no parque.

Eu passava o dia esgotada e com muito sono. Mas, em compensação, essa corrida ao ar livre pela manhã bem cedo me fazia um bem danado. Melhorava meu ritmo e simplesmente me deixava feliz.


Sou suspeita, sou do time dos corredores matinais.

Quero voltar a correr logo ;)

segunda-feira, 3 de março de 2014

Fecha Fevereiro

Fechei o mês de Fevereiro com 55 kms caminhados levando baby Stella no barrigón e pegando bem na musculação. Mas o mês não terminou num bom tom.

Aos poucos algumas coisas começam a me atrapalhar. Primeiro uma dorzinha chata no pé. Depois comecei a perceber que as caminhadas não estavam mais rendendo tanto. Meu batimento cardíaco está subindo o que representa que eu preciso diminuir cada vez mais a velocidade da esteira para manter o ritmo com o qual eu me comprometi: não passar de 130 bpm. Fora isso, comecei a ter momentos de taquicardia e cansaço extremos, o que minha médica explicou que é normal.  De fato, li que o cansaço do primeiro trimestre pode voltar agora nessa fase da gestação. E permanecer até o final. Ou seja, os exercícios devem diminuir. 

É bem estranho para quem costuma treinar, especialmente corrida, ver tudo isso acontecer. Porque em condições normais de temperatura e pressão o que vc nota é a evolução: a velocidade aumenta, seu batimento diminui e vc vai se sentindo cada vez melhor. E não é assim com a gestação, pelo menos com a minha. 


Essa reprogramação mental diária que a grávida tem que fazer é um desafio e tanto. E causa muita frustração às vezes. É o ponteiro da balança que só sobe e o da esteira que só diminui! É a carga da musculação cortada ao meio e a fome duplicada, ou tri, ou quadruplicada. 

Enfim, eu sei que tudo isso é por um bem maravilhoso que está por vir. E também sei que eu já passei por essas fases mais chatinhas, ganhei uma filha linda e voltei a correr. Até brinquei que estou acostumada a recomeços. Então agora é pensar nesse futuro lindo que está chegando em junho e tentar não esquentar a cabeça. 



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