quarta-feira, 22 de julho de 2015

Aceitação

Há algum tempo venho tentando acreditar que o mundo está caminhando pra um lugar melhor, de maior compreensão, de mais tolerância, de mais inclusão. Inclusive o mundo da corrida. E tal não foi minha incrível satisfação ao me deparar com essa imagem na capa de uma revista de corrida feminina:


A corredora da foto e a revista fizeram muito por muitas mulheres. Chega de estereotipar. Chega de padrões. Tudo é pra todos. A corrida é pra todos. A novaiorquina Erica Shenck corre há 10 anos e não tem o típico corpo de corredora. E daí?!?! A própria editora da Women's Running disse que uma vez elogiaram o corpo dela "ela tem corpo de corredora" - só que na realidade, além de corredora, ela era anoréxica.

Acho que a gente precisa ser inundado de imagens diferentes, de tipos diferentes, de gostos diferentes em todas as áreas da nossa vida, simplesmente para quebrar algumas regras que foram embutidas na nossa mente de como as coisas devem ser, de como as pessoas devem ser. Apenas deixe as pessoas serem. E respeite.

Um beijo para a Caitlyn Jenner.


"Para as pessoas que se perguntam o que é isso: isso é sobre o que acontece a partir daqui. Não é só sobre uma pessoa. É sobre milhares de pessoas. É sobre nós aceitarmos uns aos outros." - Vale pra muita coisa, Caitlyn.


segunda-feira, 20 de julho de 2015

Corrida Athenas - voa, gata!

Domingo foi dia de voltar às pistas na mesma prova que corri há algum tempo a Athenas, que antes se chamava Circuito e agora virou apenas Corrida. Algumas circunstâncias se repetiriam em 2015. Como em 2010, corri a segunda fase da prova, a mesma distância - 8 km - e de novo, foi um presente da firrrrma.

A corrida Athenas tem 3 fases e a idéia é que você escolha aumentar a distância para evoluir. Nessa segunda fase as distâncias disponíveis eram 5, 8 e 16 km. São boas opções para todos os gostos. 

Difícil foi chegar até a prova. Achei que sai de casa com um bom tempo de sobra, mas o local da prova é um pouco confuso. A largada é na Marginal Pinheiros, próximo à Ponte Transamérica, aqui em SP. Mas a arena com as tendas e expositores é numa rua atrás. O estacionamento que encontrei ficava a cerca de 1 km de distância e como cheguei atrasada por causa do trânsito tive que correr um quilômetro a mais do que pretendia hehehehe.

Quando cheguei na Marginal, a largada já tinha sido dada. Mas tinha tanta gente que ninguém ligou muito e só consegui passar pela linha com mais de 10 minutos das 7 horas. 

Comecei meio sem vontade. Aí rolou aquele pensamento de "ih, essa prova não vai fluir legal". Mas mesmo com o excesso de correrdores e o lindo sol de inverno batendo direto no olho a coisa rolou bem melhor do que eu esperava.  Como sempre, calculei de ir leve no 1º km pra aumentar o pavê em seguida.  A idéia era deixar a endorfina bater no km 4 (metade da prova) e então tacar o pau.  Deu super certo. Endorfina, essa querida, veio exatamente na hora combinada. Apertei dos 4 aos 6 e depois tentei voar dos 7 aos 8. Sprint final veio ao som de You Could Be Mine. Bem a calhar. 

Meus tempos têm melhorado porque, como venho tendo pouco tempo para treinar durante a semana, acabo fazendo treinos mais curtos e com mais velocidade. Estou me sentido a Usain Bolt. Dei um pau no gato nos metros finais e abri os braços na linha de chegada. Satisfeita e vermelha pimentão. To pegando gosto por essa coisa de correr até ficar sem fôlego... Dá até um medinho disso.

Esse foi o último dia em que os carros podiam correr a 90km/h na Marginal Pinheiros (a máxima permitida passou a ser 70 km/h). Decidi correr bem para me despedir em grande estilo. Aqui não vai ter redução de velocidade não!


Eu que tava acostumada e confortável nos 7'00" por km, agora quero mais... Ou melhor, quero menos.

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