quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Inspiração

Não é fácil correr, não é fácil manter uma rotina de treinos com todos os afazeres que a gente tem num dia que dura míseras 24 horas. Foi um pouco por isso que eu criei esse blog. Porque além de correr, pensar, conversar, refletir, falar de corrida são ações muito importantes pra me manter inspirada.

Eu uso várias técnicas pra manter o ritmo: cheguei a programar leituras na noite anterior aos treinos pra acordar bem disposta. As revistas de corrida ficam no criado-mudo preparadas para inspirar. Além disso, escrevo aqui, vejo fotos de outros corredores no instagram, me atualizo sobre produtos legais, preparo wishlists mentais (Nike Free Flyknit, Nike Free Flyknit!!), acompanho blogs, vídeos, o que for necessário para ter inspiração.

E aí que eu fiquei muito orgulhosa quando recebi feedbacks de amigas inspiradas por mim! Eu virei inspiração, veja só! Já fiz amiga largar o pote de sorvete e sair para correr, incentivei familiares, colegas e dividi powersongs com amigas.

Adorei servir de inspiração e motivação. Poucas vezes eu me imagino nessa posição. Mas quando vi essa frase, além de me sentir inspirada, percebi que ela é muito real. É de domínio público (da internet). E vale repetir.

Seja forte. Você nunca sabe quem está inspirando
E pra todo mundo fica o agradecimento: inspiração é uma via de mão dupla... se ela vai, ela volta \o/




quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O stress da fratura

Costumo ler o Run Ju Run, blog da Ju, corredora de BH e meio que acompanhei um período chato que ela está passando por não poder correr. Perguntei num comentário o motivo e ela até fez o post pra responder a essa dúvida que várias pessoas tinham. A coincidência é que a Ju teve uma fratura por stress, algo pelo qual eu também já passei e jamais tinha pensado que pudesse acontecer e que pudesse demorar tanto para passar.

Faz muito tempo, foi mais ou menos em dezembro de 2009. Eu estava super feliz correndo, participando de provas de 10 km e me inscrevi para a última etapa do Circuito Adidas daquele ano. Só que uns 20, 25 dias antes da prova eu senti uma dor na canela (eu falo canela mesmo).

Perguntei informalmente para um amigo professor de academia o que podia ser e ele sugeriu passar um cataflan e usar um pouco de salompas pra passar a dor, caso fosse um problema muscular. Eu segui o conselho dele e simplesmente continuei treinando. Treinei e fui até correr a prova de 10 k em dezembro.

Adereço: salompas na perna
(Abafa que eu era meio gordinha mesmo - meu old self)

A corrida não foi tão ruim. Senti a mesma dor do começo ao fim mas estava administrável e acabei a prova me sentindo bem, com aquela sensação de dever cumprido. E crente que a dor eventualmente iria passar.

Mas não passou.

Não conseguia mais correr e para caminhar estava doendo demais. Por umas duas semanas no trabalho eu vim lotada de salompas e mancava pra andar. Foi um saco, saco, saco.

Decidi ir no ortopedista. ele tirou um raio-x e viu alguma coisa ali, mas pediu uma ressonância magnética para ver melhor.


O resultado me chocou: aquilo era uma fratura por stress, meu osso estava lascado, rachadinho e aquilo causava uma dor enorme. O ortopedista foi taxativo: "você não pode correr" e ainda por cima tive que fazer mais de 20 sessões de fisioterapia para aliviar a dor.

Foi muito ruim porque eu descobri isso num período de férias, quando eu não tinha dinheiro para viajar e ia ficar o tempo todo em casa. Antes, eu tinha planejado passar as férias treinando, correndo na rua, e então o único programa grátis que eu poderia fazer foi por água abaixo. E o pior, eu só ia passar as férias comendo, comendo, comendo... iria engordar horrores.

Chorei muito com essa notícia e com tudo isso que eu pensei na hora. Fiquei muito chateada. Entendi que tudo aconteceu porque eu simplesmente saí correndo, sem preparo físico, sem fortalecimento muscular. Musculação, eu, imagina!? Eu achava um saco ter que usar os aparelhos da academia do prédio. Só ia lá, corria uma hora na esteira e voltava pra casa. Aí a tíbia escangalhou. My fault.

Um pequeno risquinho = um grande problema

Bom, parei com tudo, fiz a fisio e a volta à corrida demorou um pouco. Eu voltei a caminhar e ensaiei a corrida. Mas sempre ficava com uma "sensação" no lugar e com medo de me machucar de novo. Usava muito gelo no local. Tudo - tudo mesmo - demorou muito a passar. Mas passou. Confesso que não lembro muito desse período de 6 meses, mas um dia eu recomecei e hoje estou aqui.

Eu deveria ter aprendido a lição e seguido firme com a musculação, mas não fiz de novo e esse ano tive dores fortes na coluna, o que retardou e atrapalhou os treinos. Mas tenho fé que um dia vou ser 100% disciplinada e fazer tudo certinho (oi?!). Só sei que outra fratura dessa eu não quero ter nunca mais.

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