sábado, 19 de abril de 2014

A espera: pela bebê e pela corrida

Na última consulta à minha médica fiz umas perguntas na lata pra ela, pra ver se era eu que estava ficando louca e insensível ou se algumas coisas que eu estava sentindo eram normais.

Porque mães, grávidas e corredoras se comparam o tempo todo umas com as outras, e isso pode ser prejudicial para a sua paz de espírito, vai por mim.

Perguntei a ela, por exemplo, se essa coisa da grávida feliz a gestação inteira era possível , se era eu que estava com mimimi demais ou se essa felicidade 100% era mito. A resposta claro que me acalmou: gente, existe uma sensação de completude, de realização, mas passar essas incríveis 40 semanas em estado de felicidade plena é praticamente impossível.

Outra coisa que perguntei pra ela era mais relativa à corrida: afinal, é normal eu pensar tanto no depois em vez de curtir esse momento?

Sim. Especialmente para quem já passou por uma gravidez antes. Eu já vivenciei os estágios de excitação e ansiedade gravídicas uma vez na vida, já sei como é e é normal me programar para o que virá no futuro com minha segunda filha e comigo mesma.

Por isso fico antecipando quando vou voltar a caminhar, correr, emagrecer e me sentir mais leve com o meu corpo. E isso é normal, não preciso sentir culpa... ufa. muitas vezes me pegava pensando em programar minhas próximas corridas de rua e me batia um desespero porque ao mesmo tempo vinha o pensamento contrário do tipo: "pra quê você está pensando nisso agora? Que perda de tempo ficar pensando em corrida, foque seu pensamento na sua gestação!"

Mas eu amo correr. Me lembro da sensação de correr ouvindo música e sorrindo no parque pela manhã e em como aquilo me fazia sentir bem. E eu quero aquilo de novo, junto com todas as alegrias e emoções de "ser mãe" novamente.

"I want it all. I want it all. I want it all and I want it noooooooooow." Já dizia Freddie Mercury 

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