Eu já sabia que seria assim, afinal não foi a primeira vez que eu parei de correr e também não foi a primeira vez que eu tive uma filha.
A segunda gravidez acabou e me trouxe uma filha linda, saudável, cabeluda e sorridente. E me trouxe também 20 kg extras, um umbigo manchado, coxas grossas, uma barriga flácida e seios enormes.
Esse é o maravilhoso (ou não) período do pós-parto em que você ainda usa suas roupas de gestante porque está maiorzinha e pra piorar nunca está sem olheiras porque não consegue dormir.
Em 2 meses, 11 kg daqueles 20 kg foram embora praticamente só segurando (mas não muito) a alimentação. Parte deles também eram inchaço dos remédios da cesárea e da própria gravidez. Em alguns dias, eu perdia mais de 1kg por dia.
Mas agora é que são elas. A balança já nao apresenta resultados menores com a mesma velocidade. Agora é preciso determinação para recuperar o corpitcho. Determinação e não foco, porque foco agora é na minha família.
Pra auxiliar o retorno ao manequim de setembro de 2013, voltei para a academia assim que fui liberada. As professoras foram muito atenciosas comigo quando contei que precisava perder 10 kg e que meu objetivo é correr sem lesões.
Nessas primeiras semanas me passaram um treino de circuito. Ou seja, é musculação alternada com esteira de maneira non-stop para manter os batimentos acelerados e favorecer a queima de gordura.
Mas depois disso, reforcei meu pedido: eu quero correr.
Nos primeiros treinos eu não resisti e dei minhas trotadinhas. Achei que meu fôlego está bom para quem passou tanto tempo sem aeróbicos. Voltar da gravidz é como começar do zero, é como se eu fosse completamente sedentária, mas com algumas diferenças: meu corpo tem uma memória física do que eu já fiz e EU tenho uma memória psicológica de onde eu já cheguei. A dificuldade é adequar isso ao treinamento sem escangalhar o corpo frágil, cujas articulações estão ainda frágeis até pela presença de hormônios ligados à gravidez e à amamentação.
E quanto à amamentação... Bemmmmmm. Essa ai me causou um efeito bastante indesejado. Ou melhor, dois efeitos enormes - os petchos. Para correr carregando esses dois agora preciso vestir DOIS tops e uma regata justa por baixo de uma camiseta. Simples assim.
Nessa 3ª semana iniciei um treino para misturar trote e caminhada por um mês. Achei que pudesse estar pegando pesado mas a professora só me encorajou: "pelo seu trote você consegue fazer mais do que isso em 4 semanas"! Uhuuuuuu.
Fiz as contas e calculo que essa seja a 5ª ou 6ª vez que eu recomeço. Apesar de tanta experiência sempre é difícil. Mas assim como com as filhas, na corrida também é preciso ser paciente.
terça-feira, 29 de julho de 2014
sexta-feira, 25 de julho de 2014
Corre, Gata voltou!
Uau parecia que esse post não ia chegar nunca, mas chegou.
A bebê nasceu saudável no finzinho de maio e após 40 dias consegui a liberação médica pra poder voltar à academia.
- pode voltar à correr?
- pode.
- gradualmente né?
- claro
Só não posso por enquanto fazer exercícios abdominais por conta da cesárea. Mas de resto pode tudo, começando devagar.
Corri para a academia para fazer minha avaliação física.
O corpitcho de 1,55 que na primavera passada chegou a pesar menos de 50 kg agora estava com 59,9 kg (abaixo de 60, pelo menos) e com 29% de gordura.
A meta para os primeiros 3 meses de treino é alcançar 56,5 kg e 25%.
Hoje completo a segunda semana de volta à academia. O corpo está mole e com proporções diferentes. A barriga está cheia de pele e os petchos enormes o que dificulta bastante na hora de tentar correr.
Me propuseram um treino de recuperação de circuito para manter o batimento cardíaco acelerado e ajudar a queimar mais gordura. Então eu faço as séries de musculação e volto pra esteira várias vezes nos intervalos. Eu curti mas só da pra fazer porque no horário que eu vou a academia está bem vazia.
E a esteira? Ah que saudade da esteira! Tem gente que detesta ela, mas não há meio melhor para (re)começar. Maior absorção do impacto, dá pra ir com chuva ou com sol, controlar melhor o ritmo. Claro que ela entedia um pouco e ainda tem a desvantagem de ter que encarar a TV ligada no VideoShow mas eu ponho uma música e tá valendo.
Renovei meu setlist e encarei até uns trotes leves porque não agüentei esperar. Minha idéia era apenas caminhar nessas dias semanas mas a ansiedade de coltar a correr era tanta que decidi arriscar (faça o que eu digo mas não faça o que eu faço, manja?).
E após esses trotes eu entendi aquela coisa do recomeço: eu sei até onde eu consigo ir, sei que tenho fôlego, mas meu corpo precisa ser retreinado para conseguir chegar lá.
Mas foi tão booooooom.
E a bebê? Bom o jeito que arrumei foi ir na hora em que a mais velha está na escola e a bebê está tirando o cochilo pós-almoço (minha assistente do lar fica com ela). Enquanto estou na academia
fico torcendo pra que ela durma o tempo todo e dá uma dó quando chego em casa e ela está acordada e chorando! A culpa materna fura o coração igual uma faca.
Mas essa vai ser uma realidade que eu vou ter que administrar porque já estabeleci uma meta ambiciosa pra 2015: 21 km. Posso até misturar caminhada e corrida, mas eu quero estar capaz de completar essa distância até o ano que vem.
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terça-feira, 8 de julho de 2014
A corredora de barrigão
Ela chamou a atenção na semana passada quando disputou uma prova de 800 m nos EUA com sua barriga de 8 meses de gestação.
A atleta olímpica Alysia Montaño, 28 anos, não quis ficar de fora do campeonato de atletismo e fez o percurso carregando seu barrigón e seus quase 15 kg da gravidez.
Ela terminou a prova na última colocação mas foi ovacionada na linha de chegada.
A corrida na gravidez não é mais uma questão de "pode-não-pode" e sim de bom senso.
Por que ela correu? Pois JÁ tinha uma praparação. Ela É ATLETA, ja tinha um PREPARO FÍSICO, e foi ACOMPANHADA por profissionais nos treinos da gestação.
No meu caso de amadora, achei por bem não correr: não tinha preparo, não tinha acompanhamento de um treinador físico e acima de tudo não tive disposição física na maior parte da gravidez ( exaustão grau 10 no primeiro e terceiro trimestres).
Na gravidez, vale seguir o clichê: o corpo é sábio, ele sabe o que você aguenta ou não aguenta fazer. Basta a gestante aceitar esses sinais.
E enquanto a Alysa correu 800 m em 2min32seg com 34 semanas de gestação, eu me esforcei pra fazer esse mesmo percurso, nessa mesma fase da gravidez, em quase 10 minutos! Hahahaha. Mas cada um com seu cada um, né?
A atleta olímpica Alysia Montaño, 28 anos, não quis ficar de fora do campeonato de atletismo e fez o percurso carregando seu barrigón e seus quase 15 kg da gravidez.
Ela terminou a prova na última colocação mas foi ovacionada na linha de chegada.
A corrida na gravidez não é mais uma questão de "pode-não-pode" e sim de bom senso.
Por que ela correu? Pois JÁ tinha uma praparação. Ela É ATLETA, ja tinha um PREPARO FÍSICO, e foi ACOMPANHADA por profissionais nos treinos da gestação.
No meu caso de amadora, achei por bem não correr: não tinha preparo, não tinha acompanhamento de um treinador físico e acima de tudo não tive disposição física na maior parte da gravidez ( exaustão grau 10 no primeiro e terceiro trimestres).
Na gravidez, vale seguir o clichê: o corpo é sábio, ele sabe o que você aguenta ou não aguenta fazer. Basta a gestante aceitar esses sinais.
E enquanto a Alysa correu 800 m em 2min32seg com 34 semanas de gestação, eu me esforcei pra fazer esse mesmo percurso, nessa mesma fase da gravidez, em quase 10 minutos! Hahahaha. Mas cada um com seu cada um, né?
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