Minha segunda gravidez foi bastante tranquila. Mas ao contrário do que eu previa, não consegui segurar o ganho de peso, mesmo praticando exercícios "de manutenção".
Tentei, juro, mas no final desisti e parei de me pesar.
Depois da cesárea, durante a recuperação no hospital, achei uma balança e pedi para o meu marido ver o número pra mim. Era só pra ele ver e não me falar. Só sei que o primeiro número era 7_ kg. Chuto que estava com uns 71,8 kg. E isso já descontando os 3 quilos da Stella.
Fiquei muito inchada nos primeiros dias e semanas. Rolou um desespero sim, de achar que a gente nunca mais vai voltar ao "normal".
Mas voltei.
Nesse fim de semana me pesei e constatei que em 8 meses fui dos estimados 71,8 kg para 50,8 kg.
- 21 kg.
De novo: sou uma pessoa diminuta. Eu não consigo imaginar o quanto meus joelhos e coluna estavam sofrendo por carregar 21 kg a mais.E como aconteceu isso? Como foram embora 21 kg em 8 meses? Fiz algumas coisas certas e também algumas erradas.
Fiz certo de voltar à academia. Comecei bem devagar, caminhando e fui aumentando gradativamente e praticamente sem faltar. Recomecei no dia 14/07 e no dia 15 fiz a inscrição na meia-maratona das princesas da Disney. Então eu não poderia me dar ao luxo de não treinar.
Para não desistir de treinar, eu simplesmente não parei para pensar que existia a opção de descansar. Então nada de chegar em casa do trabalho e esticar as pernas no sofá. Era chegar, por a roupa da academia e descer direto, sem titubear. Nos fins de semana, eu fui obrigada a arranjar tempo para o longão, fosse de manhã bem cedinho ou no domingo às 20h.
Chegou uma hora em que eu parei de pensar muito na comida. Com o fim da licença maternidade e a rotina de trabalho, buscar na escola, cuidar da casa e tals, também malemal sobrava tempo pra comer. Nada de lanchinhos fora de hora. Não tinha besteiras à mão para comer rápido, então não petiscava.
Outra coisa: eu parei de comer por obrigação. Principalmente quando eu compro o almoço aqui no trabalho, por exemplo, eu sempre me vi obrigada a comer tudo porque eu paguei caro pela comida. Mas nos últimos tempos, se a comida não estivesse boa, eu simplesmente deixava de comer o resto.
Em casa também não faltam frutas. Especialmente porque agora, toda semana, tenho que mandar as frutas para a papinha da Stella no berçário.
E o jantar diminuiu muito. às vezes é só um pedacinho de pão integral com requeijão, ou peito de peru, ou algo assim. (Menos na sexta que praticamente virou o dia semanal da pizza)
Agora a parte errada. Por que sou adepta do #keepitreal.
Tinha dias que, antes de dormir, eu comia meio pacote de biscoito wafer de limão. MEIO PACOTE DE BOLACHA RECHEADA ANTES DE DORMIR. Nessa fase é claro que eu não estava emagrecendo.
A volta ao trabalho gerou muito estresse. E quando eu fico nervosa e apreensiva eu perco a fome. Teve um período de 10 dias em que eu perdi 3 kg, a unha quebrou, o cabelo caiu, os olhos ficaram fundos. Não foi uma fase bonita. O leite que já não estava satisfazendo muito a pequena acabou por secar de vez quando ela fez 6 meses. Infelizmente. Esse não é o jeito certo de perder peso.
Eu não consegui e não consigo ainda fazer tanta musculação quanto eu gostaria. Na verdade estou condensando um treino grande em uma vez só por semana. TÁ ERRADO ISSO, GENTE, eu sei. Por isso eu agradeço todo dia por meus joelhos e articulações não quebrarem.
Então hoje estou muito perto do peso mais baixo que eu já atingi na vida adulta, aquele que eu estava quando descobri que estava grávida de novo em setembro 2013. E, assim como naquela fase, estou magra, porém mole. Por isso, depois da meia-maratona das princesas, vou mudar um pouco o foco e manter a corrida, só que menos, e aumentar a musculação. A grande diferença hoje está na barriga - que ainda não voltou para o lugar porque ela esticou demais na gravidez. Estou com um pouco de excesso de pele, mas também não estou paranoica por causa disso.
8 meses: saindo da maternidade -no auge do inchaço pós-parto -, e no último longão de 12 km |
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