Depois da liberação da médica voltei aos exercícios, ainda que com um quê de preocupação. Sei que tem mães atletas que não abandonam a corrida na gravidez, mas essa é uma opção minha e recomendada para o meu caso pela minha obstetra. Sendo assim, o jeito foi pegar leve, naturalmente, até por que passei quase 2 meses sem me mexer muito, em parte por cautela em parte por pura exaustão física e mental (normais no primeiro trimestre).
Mas falando de movimento: testei na primeira semana musculação, caminhada, ioga e hidroginástica.
Na academia, falei para o professor: minha médica recomenda exercícios sentada, nada de peitorais, e obviamente nada de abdominal. Fiz 20 minutos de aquecimento na esteira (velocidade 5 km/h - vergonha pura mas é o que tem pra hoje). Passando aos exercícios me senti novamente envergonhada - cargas todas cortadas pela METADE! Até que o treino passou rápido mas fiquei realmente embaraçada com tanta leveza.
Depois foi a vez da ioga. O instrutor (que também está grávido) alterava alguns exercícios pra mim, especialmente quando você tem que flexionar o tronco sobre as pernas, comprimindo a barriga: mais vergonha - esse tipo de exercício que todo mundo faz com as pernas juntas, você gestante faz com as pernas escancaradas. Mas no geral achei muito relaxante e mesmo revigorante tanto para o corpo quanto para a mente.
A hidro foi no sábado. Eu e dois senhores. A professora pediu para eu não fazer em ritmo rápido e também não me passou os abdominais. Foi bem mais agitado. Achei que em termos de aeróbico foi o que mais me lembrou da corrida, de ficar com a respiração mais agitada, mais ofegante.
Gostei muito dos três e especialmente da variação dos temas. Mas não posso deixar de confessar que eu fico muito receosa. Falei para o médico do ultrassom que fiz naquela semana que estava preocupada e que minha barriga ficou um pouco dura. Eu chamei de tensão. Ele me falou pra ficar tranquila, que o corpo é sábio e que ele vai me avisar de algum problema na forma de DOR. Eu não senti dor, mas um pouco de tensão sim, aparentemente mais ligada à preocupação do que ao exercício em si.
Agora na folga de Natal pude sair para caminhar no parque. Me senti ótima. Em um dos dias, caminhei quase 6 km, em ritmo lento, claro, e fiquei bem. Mas no dia seguinte mal conseguia sair da cama - acho que foi uma mistura do exercício, dos excessos gastronômicos natalinos e do calor infernal do interior. Mesmo assim, não desisti e fui caminhar nos outros dias.
Sei que não posso desistir. Afinal, cada vez mais fica clara a importância dos exercícios físicos na gravidez. Mas são muitas coisas a se adaptar: a diminuição das cargas e do ritmo, a balança que não pára de subir, o cansaço físico e psicológico que são muito maiores. É uma desprogramação de tudo o que você fazia antes e aprender a lidar com tudo isso (mesmo que pela segunda vez) não está sendo fácil - já diria a cantora Kátia. Mas vamos em frente que ainda faltam 5 meses e se Deus quiser tudo vai dar certo. A nenê vai vir saudável e a mamãe vai manter a forma.
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