Lá por meados de 2013, durante meu processo de emagrecimento e quando estava pegando firme nos treinos de corrida, apostei com meu marido que se no dia do meu aniversário eu chegasse aos 50 kg, ele teria que correr a São Silvestre 2013 comigo.
No dia 29/09, eu estava com MENOS de 50 kg. Ganhei a aposta e ainda soube que uma grande amiga iria correr a São Silvestre também. Perfeito. As inscrições já estavam abertas com o preço salgado de R$ 125 e pensei comigo: só preciso esperar mais uma visita mensal para garantir a minha inscrição o quanto antes.
Mas a visita não veio e quem resolveu aparecer no nosso caminho foi a baby #2. No começo de outubro os planos da minha primeira São Silvestre tiveram que ser adiados - para felicidade do meu marido que logo veio com a desculpa de que não iria correr porque a aposta estipulava que "ele teria que correr comigo". E já que eu não ia mais correr...
No começo cheguei a pensar que, se eu mantivesse treinos fixos de trotes leves e caminhadas, eu conseguiria fazer a São Silvestre caminhando. Mas eles foram por água abaixo logo nas primeiras semanas de enjoos, mal estar e cansaço típicos do 1º trimestre de gestação.
Mas no dia 31/12 resolvi ir lá mesmo assim. Não para correr, claro, mas para fazer parte da festa. Queria até levar a Olivia, mas como ia sozinha pensei que não conseguiria cuidar dela no meio daquela multidão (sábia decisão).
O clima do lugar era o mais animado possível. Fiquei emocionada com a quantidade de gente envolvida naquela corrida. Não é só pelos corredores e toda a esperança, dedicação e empolgação deles, mas também pela animação das famílias, dos amigos, filhos dos corredores que foram acompanhar. Todo muito tentando ver os participantes passarem e depois, quando se reencontravam, se via que todo mundo estava muito orgulhoso, muito feliz por aquela pessoa ter completado a prova. No caminho para onde eu queria me posicionar, lá na Brigadeiro, vi muito disso. Meus olhos se encheram de lágrimas várias vezes.
Lá na Brigadeiro, foi outra emoção. Porque ali, era o final da parte mais difícil daquele desafio. A animação dos corredores era incrível. Todo mundo gritando de felicidade porque a subida tinha chegado ao fim e faltavam poucos metros para o final. Desejei muito passar por aquela sensação e mais uma vez prometi ali mesma que eu vou correr a São Silvestre, assim que eu puder, o quanto antes. Não sei se conseguirei fazer na próxima porque sou realista - a baby #2 terá apenas 7 meses e treinar com uma bebê pequena nesse período não será fácil, sem contar que eu quero amamentá-la e o exercício pesado pode afetar a amamentação.
Mas promessa é dívida e EU VOU CORRER A SÃO SILVESTRE ASSIM QUE EU PUDER.
Aqui fica um aparte o elogio à minha amiga "Cara", minha ídola quando se trata de determinação e dedicação a qualquer projeto - ela é A Cara.
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Aha - uhu - a Paulista é nossa! |
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marquinha |
O passeio terminou com um pouco de exercício leve. Voltamos para casa a pé, batendo papo e planejando mais corridas pela frente e pelo mundo. Sim, porque enquanto tem gente que vem do Brasil inteiro para essa corrida, nós ainda temos a vantagem de morar perto da Avenida Paulista (no meu caso, meus pais).
Desse dia feliz, só contei duas pequenas desvantagens: 1) na Paulista, conforme os corredores vão chegando, o que também impera além da alegria é o cheiro de cecê; 2) mesmo se você não vai correr, se preocupar como sol nunca é demais. E eu voltei com a marca dosutiã no ombro e parecendo a rena do nariz vermelho.