terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

A corrida, a gravidez e um bate-papo de mães no consultório

A grávida não corre mas não abandona a corrida... pelo menos as conversas sobre ela.

Esses dias, no consultório da minha obstetra para uma consulta de rotina, engatei uma conversa com outra paciente cuja primeira filha nasceu há 5 meses.

Primeiro ela e a secretária estava num bate-papo animado sobre os primeiros meses da menina e sobre a gravidez dela, então fui gentilmente integrada à conversa com a referência: a Mary já é especialista, já está na segunda.

Conversa vai, conversa vem, a mulher me contou que teve uma gravidez complicada porque tomava muitas injeções anticoagulantes e ainda por cima tem diabetes. Seguiu fazendo seu histórico: passou 7 anos tentando engravidar. Fez dois tratamentos de fertilização in vitro que não deram certo e quando ela desistiu... a filha veio.

Comentei que não é a primeira vez que ouço uma história assim e ela continuou a me contar mais sobre ela. Adivinhem: é corredora. Saquem o relato.

Ela contou que passou todos esses anos tentando engravidar em vão. Aí, no último ano, começou a correr. Corria direto e intercalava o treino com natação. O organismo dela reagiu. A diabetes estava mais fácil de ser controlada, ela emagreceu e de repente: PLIM! A sementinha implantou.

Eu e ela concordamos na hora que a atividade física certamente preparou melhor o corpo dela para que ela se tornasse mãe, algo que nem as fertilizações in vitro estavam resolvendo.

Depois ainda rimos um pouco com os perrengues das mães corredoras. Ela quer voltar a correr logo, mas só vai começar depois dos 6 meses de amamentação, conforme a nossa médica pediu. Enquanto isso está caminhando e preparando o terreno com o marido para arranjar um horário para voltar a correr. Ela disse que estava com muitas dores nas pernas e que a volta aos exercícios no pós-parto está melhorando muito esse sintoma.

Mães que correm

Mas o que me deixou com uma inveja louca, foi ela lembrar com prazer que outro dia aumentou a velocidade da caminhada e trotou um pouco com um pace baixinho... e que se sentiu muuuuuito feliz.

As duas riram e eu comentei: é, a gente não consegue mais abandonar isso. E mostrei pra ela a revista O2 que eu tinha levado para ler no consultório.

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