Aos poucos algumas coisas começam a me atrapalhar. Primeiro uma dorzinha chata no pé. Depois comecei a perceber que as caminhadas não estavam mais rendendo tanto. Meu batimento cardíaco está subindo o que representa que eu preciso diminuir cada vez mais a velocidade da esteira para manter o ritmo com o qual eu me comprometi: não passar de 130 bpm. Fora isso, comecei a ter momentos de taquicardia e cansaço extremos, o que minha médica explicou que é normal. De fato, li que o cansaço do primeiro trimestre pode voltar agora nessa fase da gestação. E permanecer até o final. Ou seja, os exercícios devem diminuir.
É bem estranho para quem costuma treinar, especialmente corrida, ver tudo isso acontecer. Porque em condições normais de temperatura e pressão o que vc nota é a evolução: a velocidade aumenta, seu batimento diminui e vc vai se sentindo cada vez melhor. E não é assim com a gestação, pelo menos com a minha.
Essa reprogramação mental diária que a grávida tem que fazer é um desafio e tanto. E causa muita frustração às vezes. É o ponteiro da balança que só sobe e o da esteira que só diminui! É a carga da musculação cortada ao meio e a fome duplicada, ou tri, ou quadruplicada.
Enfim, eu sei que tudo isso é por um bem maravilhoso que está por vir. E também sei que eu já passei por essas fases mais chatinhas, ganhei uma filha linda e voltei a correr. Até brinquei que estou acostumada a recomeços. Então agora é pensar nesse futuro lindo que está chegando em junho e tentar não esquentar a cabeça.
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